foto: Fernando Oliveira Soneca
No último sábado, 30 de Maio, o coletivo Marcha das Vadias puxou pela quinta vez consecutiva um ato em nome dos direitos das mulheres.
As manifestantes se concentraram no vão livre do Masp, saíram em direção a Avenida Paulista, percorreram a Rua Augusta e encerraram a caminhada na Praça Roosevelt. Saíram as ruas para lutar pela descriminalização e regulamentação do aborto, contra o preconceito de gênero, a favor do parto humanizado e contra violência sexual e doméstica. No entanto o tema do aborto teve bastante destaque nesta edição.
Um pesquisa realizada por Mario Monteiro e Leila Adesse indica que um mínimo de 685.334 e um máximo de 856.668 mulheres se submeteram, em 2013, a procedimentos ilegais de aborto. A pesquisa não revela, no entanto, quantas intervenções resultaram na morte das pacientes, estima-se que a cada dois dias uma mulher morra vítima do aborto ilegal no Brasil devido a práticas clandestinas indevidas e insalubres.
A recente experiência dos nossos vizinhos uruguaios deixou ainda mais evidente a urgência em regulamentar o aborto no Brasil. Após a descriminalização do aborto em dezembro de 2012, o Uruguai não registrou mais nenhuma morte por esta causa.
O coletivo Marcha das Vadias lembra de outras reivindicações essenciais, como o combate à cultura do estupro que insiste em responsabilizar a mulher pela violência cometida contra ela e lembra que toda prática sexual sem consentimento é um estupro. O coletivo luta pela cultura do diálogo e do respeito.
foto: Fernando Oliveira Soneca
No último sábado, 30 de Maio, o coletivo Marcha das Vadias puxou pela quinta vez consecutiva um ato em nome dos direitos das mulheres.