Bem perto de onde moro o insulto de um adolescente postado no Facebook a um professor e a sua escola desestabilizou muita gente. Rapidamente na porta da casa do garoto aconteceu um tumulto com a presença de professores e da polícia! Há quem pense
Bem perto de onde moro o insulto de um adolescente postado no Facebook a um professor e a sua escola desestabilizou muita gente. Rapidamente na porta da casa do garoto aconteceu um tumulto com a presença de professores e da polícia! Há quem pense que o garoto tem o direito de se expressar e que a censura é coisa do passado. Há os que se manifestam contra qualquer tipo de opinião difamatória. Há os que entendem a necessidade urgente de avaliar judicialmente este tipo de questão. Há os que acusam as famílias por não educarem seus filhos.
Mas de fato, como avaliar essa questão? Quão triste e destrutivo pode se tornar um comentário irrefletido e cheio de emoções? O que podemos aprender sobre isso? Como podemos ajudar esse garoto, essa família e essa escola? O que pensar sobre o direito à livre expressão? Qual o regulamento das mídias sociais quanto a menores de idade?
É indubitável que o exercício da honestidade numa situação nova como esta, onde o certo e o errado pode ser visto sob diferentes perspectivas, exige que atitudes sejam tomadas, se necessário até medidas judiciais. Contudo, a manifestação do garoto é legítima. Num mundo em que tanto se fala em inclusão e bullying, num mundo em que adolescentes armados atiram em colegas e professores; ensinar as crianças e jovens a falar dos sentimentos é avançar na direção da paz. Do meu ponto de vista, esse é o maior problema que a situação declara. Por isso, é preciso rever se e como estamos ensinando as crianças a resolverem seus conflitos, sejam eles internos ou interrelacionais. Como nós nos posicionamos frente a indignações? Que modelos oferecemos aos nossos filhos?
A resolução de conflitos deveria se tornar prioridade no trabalho das famílias e escolas até a adolescência. Gasta-se tempo em grades curriculares que tanto apontam o que o próprio nome sugere: aprisionamento! A coisa mais importante que temos para aprender na vida é a conviver em liberdade e harmonia. Aprender a reconhecer nossos próprios sentimentos, expressá-los, ouvir o outro e entrar em consenso. Para isso, os conflitos precisam acontecer ou não poderemos trabalhar significativamente. Precisamos acreditar na competência dos aprendizes desde pequeninos, dar-lhes vez e voz e confiar em suas intenções, além disso, saber que essa aprendizagem é um processo, lento, mas que urge! Para resolver um conflito o educador deve despir-se de seus contextos e percepções. Zerar emoções. Fazer muitas perguntas e ouvir atentamente todas as partes. E, somente quando todos os envolvidos e possíveis testemunhas tenham falado tudo o que viram, sentiram e desejaram, lançar a derradeira pergunta: Como vocês podem resolver isso? A resposta que as crianças trazem quase nunca é a que nós daríamos, contudo na maioria das vezes, ela mostra o consenso. Em geral, é uma resposta ponderada que leva em consideração o que as partes expressaram.
Acreditar na importância dessa aprendizagem propõe uma ação amorosa, pacificadora, tolerante e incansável sobre as brigas infantis, num esforço comum tanto das famílias como das escolas, para patrocinar uma mudança de paradigmas. A criança não crescerá acumulando sentimentos de indignação nas gavetas do coração, lidará com cada um em seu tempo.
Bem perto de onde moro o insulto de um adolescente postado no Facebook a um professor e a sua escola desestabilizou muita gente. Rapidamente na porta da casa do garoto aconteceu um tumulto com a presença de professores e da polícia! Há quem pense que o garoto tem o direito de se expressar e que a censura é coisa do passado. Há os que se manifestam contra qualquer tipo de opinião difamatória. Há os que entendem a necessidade urgente de avaliar judicialmente este tipo de questão. Há os que acusam as famílias por não educarem seus filhos.
Mas de fato, como avaliar essa questão? Quão triste e destrutivo pode se tornar um comentário irrefletido e cheio de emoções? O que podemos aprender sobre isso? Como podemos ajudar esse garoto, essa família e essa escola? O que pensar sobre o direito à livre expressão? Qual o regulamento das mídias sociais quanto a menores de idade?
É indubitável que o exercício da honestidade numa situação nova como esta, onde o certo e o errado pode ser visto sob diferentes perspectivas, exige que atitudes sejam tomadas, se necessário até medidas judiciais. Contudo, a manifestação do garoto é legítima. Num mundo em que tanto se fala em inclusão e bullying, num mundo em que adolescentes armados atiram em colegas e professores; ensinar as crianças e jovens a falar dos sentimentos é avançar na direção da paz. Do meu ponto de vista, esse é o maior problema que a situação declara. Por isso, é preciso rever se e como estamos ensinando as crianças a resolverem seus conflitos, sejam eles internos ou interrelacionais. Como nós nos posicionamos frente a indignações? Que modelos oferecemos aos nossos filhos?
A resolução de conflitos deveria se tornar prioridade no trabalho das famílias e escolas até a adolescência. Gasta-se tempo em grades curriculares que tanto apontam o que o próprio nome sugere: aprisionamento! A coisa mais importante que temos para aprender na vida é a conviver em liberdade e harmonia. Aprender a reconhecer nossos próprios sentimentos, expressá-los, ouvir o outro e entrar em consenso. Para isso, os conflitos precisam acontecer ou não poderemos trabalhar significativamente. Precisamos acreditar na competência dos aprendizes desde pequeninos, dar-lhes vez e voz e confiar em suas intenções, além disso, saber que essa aprendizagem é um processo, lento, mas que urge! Para resolver um conflito o educador deve despir-se de seus contextos e percepções. Zerar emoções. Fazer muitas perguntas e ouvir atentamente todas as partes. E, somente quando todos os envolvidos e possíveis testemunhas tenham falado tudo o que viram, sentiram e desejaram, lançar a derradeira pergunta: Como vocês podem resolver isso? A resposta que as crianças trazem quase nunca é a que nós daríamos, contudo na maioria das vezes, ela mostra o consenso. Em geral, é uma resposta ponderada que leva em consideração o que as partes expressaram.
Acreditar na importância dessa aprendizagem propõe uma ação amorosa, pacificadora, tolerante e incansável sobre as brigas infantis, num esforço comum tanto das famílias como das escolas, para patrocinar uma mudança de paradigmas. A criança não crescerá acumulando sentimentos de indignação nas gavetas do coração, lidará com cada um em seu tempo.