Falar de desenvolvimento de criatividade é questionar a prática, a metodologia escolar e também a rotina familiar, não é mesmo? Podemos mesmo começar a refletir sobre o embotamento cerebral causado pelo excesso de: agenda sobrecarregada de atividades ,
Falar de desenvolvimento de criatividade é questionar a prática, a metodologia escolar e também a rotina familiar, não é mesmo? Podemos mesmo começar a refletir sobre o embotamento cerebral causado pelo excesso de: agenda sobrecarregada de atividades, brinquedos que brincam sozinhos, jogos que exigem somente um clique onde mortos ressurgem… ou seja, nem a morte é mais um problema, ela se resolve dentro do próprio jogo,… Podemos afirmar que há um comodismo nesta falta de desafios, um comodismo que aliena e assusta porque os indivíduos tendem a tornarem-se meros reprodutores e não planejadores e realizadores.
O lazer, inclusive o ócio (leia-se Domenico De Masi) contribuem para o encontro da pessoa consigo mesma e também para a percepção dos problemas do seu entorno.
Não há tempo para o lazer nem na rotina familiar, nem na rotina da escola. Já ouvi uma criança da educação infantil perguntando o que fazer; ela não sabia administrar seu tempo livre. Eu respondi: vai brincar com seus amigos! E ainda assim ela me questionou: De que? Com quem? Eu falei: Fique à vontade, escolha com quem e de quê. Então ouvi daquela menininha de quatro anos: Eu não sei fazer isso. Tive que desensiná-la a obedecer estímulos e a reconhecer e buscar interesses.
O lazer, inclusive o ócio (leia-se Domenico De Masi) contribuem para o encontro da pessoa consigo mesma e também para a percepção dos problemas do seu entorno.
A escola precisa encontrar com seus alunos problemas reais e significativos para resolver junto com eles. Desta forma terão que parar para pensar e encontrar soluções. Aqui nasce a criatividade. Uma vez tínhamos um pequeno aquário onde um peixinho vermelho morava. De repente as crianças começaram a falar que ele estava crescendo e que não tinha muito espaço. Então lançamos a pergunta: O que faremos para ajudar nosso peixinho? Eles imediatamente sugeriram construirmos um lago. Seria tão fácil e rápido construir um lago sem envolver as crianças. Mas, optamos pelo caminho mais longo. Sugerimos que pesquisassem, fizemos buracos na terra, vimos que a água era sugada, colocamos plástico no buraco e vimos que a água ficava suja muito rápido, … estudamos o que um peixinho precisava além de espaço… e percebemos que tínhamos necessidade de ajuda. Então perguntei se sabiam o que é um arquiteto e ouvi: Esse não adianta pra nós, ele só faz teto! hehehe. Convocamos um pai aquiteto e uma mãe veterinária. Bem, para encurtar a conversa em seis meses tínhamos um laguinho e soltamos nosso peixinho lá dentro. No dia seguinte o peixinho morrera. Que tristeza, mas uma oportunidade para trabalhar a frustração e também para começarmos nova pesquisa. Quais animais ficam felizes nos lagos? Vieram pequenas carpas que os bem-te-vis devovaram… Quantos bons problemas, não é mesmo?! Depois de algumas tentativas ganhamos duas tartarugas que atualmente se reproduzem quase como os coelhos. Semana passada nasceram sete! Que problema bom! Costumo dizer que gosto de problemas e qualifico: Gosto de problemas de vida!
Nosso modelo social é centrado na idolatria ao trabalho, mas viver bem implica em pouco distinguir entre tempo livre e trabalho, ou seja, deixa-se aos outros a tarefa de decidir se estamos trabalhando ou nos divertindo. Que tal?
Falar de desenvolvimento de criatividade é questionar a prática, a metodologia escolar e também a rotina familiar, não é mesmo? Podemos mesmo começar a refletir sobre o embotamento cerebral causado pelo excesso de: agenda sobrecarregada de atividades, brinquedos que brincam sozinhos, jogos que exigem somente um clique onde mortos ressurgem… ou seja, nem a morte é mais um problema, ela se resolve dentro do próprio jogo,… Podemos afirmar que há um comodismo nesta falta de desafios, um comodismo que aliena e assusta porque os indivíduos tendem a tornarem-se meros reprodutores e não planejadores e realizadores.
O lazer, inclusive o ócio (leia-se Domenico De Masi) contribuem para o encontro da pessoa consigo mesma e também para a percepção dos problemas do seu entorno.
Não há tempo para o lazer nem na rotina familiar, nem na rotina da escola. Já ouvi uma criança da educação infantil perguntando o que fazer; ela não sabia administrar seu tempo livre. Eu respondi: vai brincar com seus amigos! E ainda assim ela me questionou: De que? Com quem? Eu falei: Fique à vontade, escolha com quem e de quê. Então ouvi daquela menininha de quatro anos: Eu não sei fazer isso. Tive que desensiná-la a obedecer estímulos e a reconhecer e buscar interesses.
O lazer, inclusive o ócio (leia-se Domenico De Masi) contribuem para o encontro da pessoa consigo mesma e também para a percepção dos problemas do seu entorno.
A escola precisa encontrar com seus alunos problemas reais e significativos para resolver junto com eles. Desta forma terão que parar para pensar e encontrar soluções. Aqui nasce a criatividade. Uma vez tínhamos um pequeno aquário onde um peixinho vermelho morava. De repente as crianças começaram a falar que ele estava crescendo e que não tinha muito espaço. Então lançamos a pergunta: O que faremos para ajudar nosso peixinho? Eles imediatamente sugeriram construirmos um lago. Seria tão fácil e rápido construir um lago sem envolver as crianças. Mas, optamos pelo caminho mais longo. Sugerimos que pesquisassem, fizemos buracos na terra, vimos que a água era sugada, colocamos plástico no buraco e vimos que a água ficava suja muito rápido, … estudamos o que um peixinho precisava além de espaço… e percebemos que tínhamos necessidade de ajuda. Então perguntei se sabiam o que é um arquiteto e ouvi: Esse não adianta pra nós, ele só faz teto! hehehe. Convocamos um pai aquiteto e uma mãe veterinária. Bem, para encurtar a conversa em seis meses tínhamos um laguinho e soltamos nosso peixinho lá dentro. No dia seguinte o peixinho morrera. Que tristeza, mas uma oportunidade para trabalhar a frustração e também para começarmos nova pesquisa. Quais animais ficam felizes nos lagos? Vieram pequenas carpas que os bem-te-vis devovaram… Quantos bons problemas, não é mesmo?! Depois de algumas tentativas ganhamos duas tartarugas que atualmente se reproduzem quase como os coelhos. Semana passada nasceram sete! Que problema bom! Costumo dizer que gosto de problemas e qualifico: Gosto de problemas de vida!
Nosso modelo social é centrado na idolatria ao trabalho, mas viver bem implica em pouco distinguir entre tempo livre e trabalho, ou seja, deixa-se aos outros a tarefa de decidir se estamos trabalhando ou nos divertindo. Que tal?